domingo, 25 de janeiro de 2015

Epifisiólise da cabeça do fêmur (EPF) X Legg Calvé Perthes

Boa tarde!

Bom faz um tempo que não posto nada por isso ano novo requer, um post novo e com um assunto que para mim particularmente se tornou muito interessante. Gostaria de falar um pouco sobre uma patologia que não é tão comum de aparecer em nossos consultórios e clínicas.
E o mais interessante é que você ao se deparar com uma situação clínica semelhante, uma das primeiras dúvidas será em relação aos sinais clínicos. 

Por isso vou começar por eles! A sintomatologia provável será: 

''dor na região do quadril e/ou joelho, acompanhada ou não de claudicação do membro afetado, com ou sem traumatismo prévio com limitação de abdução e rotação interna do quadril. ''

No primeiro momento se não olhar o diagnóstico nosológico, vai pensar em várias hipóteses nosológicas. E pode passar em sua mente. Hum... Legg Calvé Perthes!

Que geralmente possui as seguintes manifestações clínicas: 


'' dor, limitação da amplitude articular de movimento e claudicação, sendo esses sintomas variáveis em intensidade para cada paciente; a dor pode ser descrita no quadril, porém normalmente é referida na região medial da coxa ou no joelho. Ocorre diminuição da abdução, flexão e rotação interna.'' 

Mas não vamos ficar muito tempo com essa pulga atrás da orelha! Enquanto a doneça de Legg Calvé Perthes é caracterizada pela necrose avascular da epífise óssea da cabeça do femoral, acometendo a faixa etária de 4 a 9 anos.




A epifisiólise da cabeça do fêmur é definida pelo deslocamento do colo em relação à cabeça femoral. Acomete mais o sexo masculino, com faixa etária de 10 a 15 anos. Não possui uma etiologia definida mas acredita-se que esteja relacionado à alterações endócrinas e fatores como a obesidade.





Testes específicos:

Sinal de Drehman: quando o quadril está fletido o membro gira em rotação externa.
Teste de Thomas positivo: sugere processo inflamatório intra-articular, que pode significar condrólise da cabeça do fêmur.

Por isso sempre é necessário associado à um bom exame físico analisar os exames radiológicos a fim de evitar elucidar melhor o caso em questão. Neste caso é indicado uma radiografia AP + Lowenistein (incidência perfil do quadril). Os sinais radiológicos serão Sinal de Klein e Sinal crescente de Stell.

Bom... espero que tenha ficado claro os aspectos da EPF, o tratamento é cirúrgico porém como vi em muitos artigos e também na prática clínica, após o tratamento cirúrgico a dor é abolida mas pode provocar osteoratrose devido à alterações biomecânicas. Limitações funcionais decorrente de fraqueza muscular e contraturas secundários à cirurgia também pode ocorrer.  Por isso devemos estar atentos, já que essa doença acomete adolescentes em fase de crescimento e qualquer desequilíbrio gerado na marcha pode acarretar o acometimento do lado contra-lateral caso ainda não tenha sido comprometido.

Qualquer sugestão e informações sobre as repercussões funcionas dessa patologia é bem vindo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário